Nomofobia!

   Olhando o mundo de hoje, as pessoas nas ruas, nos ônibus, sentadas na praça, notamos uma situação no mínimo curiosa e preocupante: a dependência do celular!

Apesar da proximidade física entre elas, é cada vez menos frequente ver quem esteja conversando, trocando ideias, contando novidades ou apenas falando banalidades. Os que ainda fazem essas coisas são as pessoas mais idosas e conservadoras que mantem hábitos tradicionais e humanistas.

   Atualmente podemos falar que existem dependentes cibernéticos. Dormem com celular ligado e conectado na internet, chegando a acordar para responder mensagens. Passam o dia inteiro grudados nos celulares, muitos com uma bateria externa para evitar o risco de acabar a bateria e ficar sem o celular. Ficam o dia inteiro em redes sociais, sabem de tudo e ao final não sabem de nada. Isso simplesmente por não haver tempo de ler as mensagens completas. Em geral, lida a primeira parte, parte para a outra que chegou depois. Comentam, respondem comentários, provocam discussões polêmicas muitas vezes por vaidade virtual, expondo-se ao risco de processos judiciais que podem trazer dissabores. Há quem caminhe pela rua, dirigindo no celular sem prestar atenção ao trânsito. Quanto acidentes poderiam ser evitados se não estivessem ao celular? 

   Uma questão relevante é o uso de celulares durante o horário de trabalho. Nenhum empregador está disposto a pagar um dia de trabalho a uma pessoa que gasta mais tempo falando ao celular, digitando mensagem, do que aquilo que foi contratado para fazer. Não é a toa que a maioria das empresas pesquisam a vida virtual dos candidatos à emprego. Se ficar evidente sua permanência durante a maior parte do dia nas redes sociais, esqueça da vaga. Ela não será sua. 

   Em princípio, nada contra o telefone, ele veio para facilitar as nossas vidas. Precisamos ficar atentos para o caso de ele começar a ser mais importante do que deve. Neste momento é bom ficar alerta. Estamos ficando viciados, inclusive podemos destruir nossas vidas, por um pequeno dispositivo, por mais elegante e moderno que ele seja. Evite inverter as coisas, vamos usar e não abusar!